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sexta-feira, 15 de abril de 2011

DA CRIAÇÃO


A poesia nasce.

Estou farto mas quero poesias.

Brinco com palavras querendo,

mas tentando não querer...

Pego-me a me estudar,

uma 2ª via, mirada não tão óbvia, despida de lógica.

Sem manias, mas com merdas e manhas...

Gosto de escrever num som adiante,

"deanteprima", rápida rima, num erre,

numa Roma, rumo mais próximo.

UM GRITO!!- e vou atrás de um eco do papel

que só pode ecoar no ar.

(Hoje pixels de mentira me encaram e afrontam

Sublinhando meus erros e ideias

Perturbando a relação criação e a criatura...)

E como num vôo e sonho tudo sai numa só loucura,

Numa inadesfidelidade da consciência do meu tipo de vida

Que é meu metamórfico tipóbio.

Às vezes quero brindar os pássaros a cantar, encantar com eles.

Às vezes quero rebaixar o político, o profeta, o museu.

Cuspir e arrotar nos deuses numa estrofe e,

daqui a três linhas,

beijar a boca doce de uma Vênus.

A contusão do microcéfalo é a confusão do bucéfalo. Só.

Não fico farto com minhas palavras, e nem quero verbetes lindos e academicolíticos,

O que preenche as minhas linhas de pensamento são ideias... que sinto mesmo sem acento.


Se me faltarem as ideias,

(essas que sempre num vai-vém,

sem direção nem sentido)

não terá minha vida sonhos, ainda que os tenha vivido.

Gosto de escrever sonhando atrás, na manhã,

na festa, no jornal que li, num eclipse novo...

Estou farto e gosto de poesia, essa angelical mulher-anjo

Este mundo de possibilidades e guinadas do amor

Esta agulha cirúrgica e assassina, que quando não mais dá,

Que quando não mais tem, nada mais é,

Foge,

Acaba, vai,

a poesia morre.

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