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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

sem título

A abelha não sabe,
assim também nós não sabemos,
e, sem fazer contas,
não nos damos conta de aprender.


A beleza da abelha, inconsciente,
mas ajustada ao ofício,
é a beleza que beija a flor.


É o nó no broto do galho da árvore,
que é sombra pras crianças escoteiras,
correndo por derrubar camotinhos,
mil bezouros, zangões, marimbondos,
é o broto dos moribundos, melados de pólen,
que pulam das grades do novo esquema,
acalentando suas almas,
fugindo do escroto mundo.


E as abelhas não sabem (talvez nem queiram saber)
que não sabem cantar, tampouco versar,
quiçá, por isso, trabalhem tanto.

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