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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DEPENDE PÉ


Óbvio que não dependem de nós, ou de nossos pés,
das árvores, das pedras, ou da própria Argentina.
Não depende de nós o tiro do Getúlio ou a queda do Allende.
Não depende e não importa a gripe do Che,
a loucura do Jânio, a bicheira do Bezerra.
Me manteria mil anos neste país, renovando passaportes de lata....
Viveria livre de qualquer olho gordo,
de qualquer gato vivo, dos metidos de vidas...
Mas não dependo só de mim.
Por isso, só de mim reflito:
A obviedade da massa não depende de nós,
Apenas do trebolar das bandeiras dos estádios.
Normal? Normal é o uivo do lobo para as fêmeas na natureza,
são as entranhas se mexendo naturalmente na mesa cirúrgica.
Não depende e não importa o que pensas o que penso...
Não importa porque pensar já não é mais fazer.
Pensar é lembrar de agir. É planejar ações passadas.
(Quando passo por um jardim ou quando estou no campo,
quero beijar-flores e os quero-queros.
Não pra mim os quero, quero pra eles no mundo).
Aí, sorrindo, me manter neste estado,
paralítico em tal sítio, intátil neste sáiti.
Certezando as minhas ponderações e gostos,
admirando e odiando menos,
mesmo a gosto, mesmo(s) Domingos,
vivendo um pouco mais fácil.
Ariel. 05/09/11

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