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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

TIVE UMA GAIOLA


Tive um passarinho morando na caixa do ar condicionado.
Passando o bico pelo vão, o maiorzinho, meio de lado,
distribuía a comida pros otro esfomeado.
Esses otro cantavam fininho, num pranto esfomeado.


Mas de tanto se alimentar
de larvinha, minhoca, besouro,
os pequeno ficaram uns tôro,
asas prontas para voar.

E mal sabia eu,
que isto daria mal fim
que me deu raiva de mim
quando, não por desamor,
achava que era alegria
o canto que era clamor.

Lá tavam as ave,
três dia insistentemente,
devia ser uma família, 
uns canto grosso, outros afinado.

e eu achando aquilo um presente:
A natureza tão perto, ao lado,
tava maravilhado, ma´enganado!
Estavam numa prisão,
tinham o corpo maior que o vão
da caixa do ar condicionado.

Nunca esquecerei tal infelicidade:
 três dias nem dei bola
cultivei uma gaiola
impedi a liberdade.

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